É em português que Salim e Ismael, dois jovens sudaneses acolhidos ao abrigo do programa PAR Famílias, contam a sua história. Desde que fugiram da guerra, muita coisa mudou.

A angústia associada à memória da travessia entre a Líbia e Lampedusa é dura de recordar, mas as palavras que utilizam para descrever a viagem de barco que durou vários dias, surgem desta forma: “um barco frágil, cheio de gente” onde colocaram a esperança de sair ilesos, vivos, nas mãos dos traficantes. Foi também nessa viagem que Ismael Haroun, de 21 anos, e Salim Yacon, de 20, se conheceram e ficaram amigos. Desde o momento que fogem dos seus países até chegarem a um lugar mais seguro, a travessia dos refugiados assume muitas formas: esta é a história do Ismael e do Salim.

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Explicam que Portugal sempre os soube acolher, respeitar e ajudar nas dificuldades que encontraram diariamente. Ismael desde cedo que aprendeu a palavra “Obrigado”, que repete várias vezes ao longo da conversa. “Obrigado, obrigado, obrigado”, diz-nos.