A vida juntou-os em Braga. Esta é a história de um aguardado reencontro, um dos mais bonitos desde a fundação da PAR

Os reencontros nem sempre são rápidos. Os quilómetros que nos separam das pessoas que mais gostamos adensam o fosso dessa distância, tornando-o por um lado, mais insuportável, e por outro, motivo de uma esperança maior.

Os agregados sírios são numerosos e isso torna mais complicado agilizar processos de selecção de famílias para acolhimento, no mesmo local, e em simultâneo. As famílias com maior critério de vulnerabilidade têm prioridade nas listas destes programas e a transferência para um país que lhes garanta asilo é mais rápida do que demorada. 

Este reencontro não foi rápido, demorou quatro anos: o pai Hassan e o seu filho chegaram primeiro a Braga, onde iniciaram o seu novo projeto de vida em 2017. Nos anos seguintes, vários elementos do agregado familiar foram encaminhados para essa cidade linda, hospitaleira, que assistiu a um dos reencontros familiares mais bonitos da história da PAR.

Neste dia, pelas 21h00, mais sete elementos Shlash abraçaram-se com a força possível, assim que o carro parou junto à casa onde já reside parte da família. Seguiram-se mais abraços – muitos -, um jantar com todos (a fotografia tosca é desse momento e é tosca porque momentos como estes não são nunca ensaiados).

Atualmente são 21, falta ainda um elemento mas até lá celebremos. O que Braga uniu, Braga não separará. Bem-vinda a casa, família Shlash!