Foi há cinco anos que a PAR recebeu a primeira família de refugiados. Celebremos o passado sem nunca esquecer o mais importante: o presente precisa de si.

Quinta-feira, 17 de dezembro de 2015, foi um dia normal para muita gente. Possivelmente não terá recordações específicas sobre um dia igual a todos os outros, e isso é normal porque esse dia foi há muitos anos e o nosso cérebro regista na memória essencialmente acontecimentos marcantes. Mas quinta-feira, 17 de dezembro de 2015 não foi só mais um dia para os primeiros 24 refugiados oficiais que pisaram o nosso país pela primeira vez, ao abrigo do Programa de Recolocação da União Europeia; e não foi só mais um dia para a Plataforma de Apoio aos Refugiados, que acolheu a sua primeira família, quase dois meses depois do projeto ter sido criado – vieram da Síria, foram viver para Ferreira do Zêzere.

A PAR nasceu oficialmente em outubro de 2015, juntando mais de 350 organizações da sociedade civil portuguesa que no pico da crise humanitária de refugiados decidiram conjugar esforços no sentido de dar uma resposta concertada ao acolhimento de refugiados em Portugal. Composta por uma Comissão Executiva, onde são definidas as principais linhas de acção do projeto, e um Secretariado Técnico, responsável pela mediação e acompanhamento das famílias acolhidas junto das Instituições de Acolhimento, a PAR continua comprometida em criar relações de proximidade com a sociedade civil de forma a aumentar a capacidade de acolhimento e promover a criação de comunidades de hospitalidade para facilitar o processo de integração dos refugiados.

  • Nascemos em outubro de 2015

  • A PAR é coordenada pelo JRS Portugal

  • Promovemos o acolhimento de famílias de refugiados através de Instituições Anfitriãs

  • A PAR está assente num Secretariado Técnico que acompanha as IA’s em programa de acolhimento

Desenvolvemos o nosso trabalho em três eixos de ação: PAR Famílias, programa responsável pelo acompanhamento e acolhimento de famílias de refugiados; PAR Sensibilização, que pretende mobilizar a sociedade e desfazer mitos sobre a realidade do processo de acolhimento e integração, comunicando histórias e informação com verdade e esperança, de forma a gerar novas narrativas sobre uma crise que é de todos e, por fim, PAR Linha da Frente, um programa de voluntariado no terreno, accionado consoante as necessidades do momento.

Celebrar o caminho percorrido até 2021 é celebrar as famílias acolhidas por nós e o bem-estar que alcançaram em Portugal, após a finalização do programa de acolhimento de 18 meses. É também celebrar os nossos parceiros, as Instituições de Acolhimento e os voluntários com quem caminhamos em frente, de mão dada, e tal como nós acreditam que é possível fazer a diferença na vida destas pessoas que fogem de casa com pouco e chegam a Portugal sem nada e em condições vulneráveis – juntos façamos a diferença. 2015 é passado.

Em 2021, continue a fazer PARte. Não deixe que este assunto caia no esquecimento: o presente precisa de si.